Antes de qualquer coisa, quero esclarecer que eu nunca li nenhum livro do gênero romance policial, quer dizer, eu já li livros com uma pitada de policial, mas nunca um livro inteiramente policial, então minhas opiniões podem não coincidir com as de vocês. Tirando isso, vou contar minha experiência de leitura com esse livro, vamos lá.
Para quem ainda não sabe, Robert Galbraith é um pseudônimo da nossa querida J.K. Rowling, a tão aclamada autora de Harry Potter e Morte Súbita (dois livros que eu ainda não li, mas quero ler). Gostei da ideia do pseudônimo nesse livro, pois eu consegui lê-lo sem tentar pensar em um detetive lançando feitiços, se é que você me entende. Enfim, vou contar um pouquinho da história de O Chamado do Cuco para vocês.
A história se passa em Londres, uma Londres atual, mas com uma pitada de antiguidade, o que é muito bacana, pois eu nunca tinha lido nada que se passasse perto da Grã-Bretanha, e posso falar que eu gostei muito.
A história fala sobre um suposto suicídio de uma super modelo, que foi encontrada morta embaixo de sua sacada, na neve. A gente tem um breve prólogo falando sobre o dia em que essa tal modelo foi encontrada, o que, para mim, foi estranho, pois temos uma corte na história depois disso e vamos para, mais ou menos, três messes depois do acontecimento principal do livro.
Depois desses três meses, somos inseridos brevemente na vida de Robin Ellacott, que acabou de se tornar noiva do homem da vida dela e que, para ela, aquele dia seria o melhor de todos da vida dela, ou não.
"Na opinião de Robin, foi a proposta mais perfeita na história dos matrimônios. Ele tinha até o anel no bolso, que agora ela usava; uma safira com dois diamantes, servia-lhe perfeitamente, e no caminho para a cidade ela ficou olhando a joia na mão pousada no colo."
"Até os passageiros pálidos e belicosos espremidos no vagão do metrô em volta dela foram iluminados pelo esplendor do anel [...]"
Ela faz parte de uma empresa que leva empregados temporários para alguns lugares, e Robin acaba indo para o escritório do detetive Cormoran Strike, ex-veterano de guerra, que perdeu sua perna por causa da explosão de uma bomba. Strike é detetive particular, que se separou de sua esposa e tendo que morar em seu próprio escritório, aonde atende apenas uma senhora que quer descobrir se o marido está traindo-lhe. Sem contar que o dono do apartamento onde ele mora está no seu pé por Cormoran atrasar as despesas, pois o detetive é muito mal sucedido.
Em um belo dia, aparece em seu escritório um cara que se apresenta com o nome de John Bristow e diz ser irmão de Lula Landry, a modelo que foi encontrada morta três meses atrás (lembra dela, lá do início da resenha?) e oferece a Strike uma proposta tentadora para investir o caso de Lula, pois Bristow tem quase certeza de que sua irmã foi assassinada. No início, Strike tenta recusar a proposta, pois Bristow está oferecendo o dobro para que ele investigue o caso e Strike acha que está abusando pois é muito dinheiro para uma pessoa que não tem quase nada (e ainda mora no próprio escritório), mas no fim das contas nosso bom amigo Strike acaba aceitando a proposta.
Durante o livro, temos uma troca de suspeitos muito bacana, pois, em um capítulo, você pensa que é um suspeito, depois, no próximo capítulo, é outro suspeito, o que é muito legal, pois você quer descobrir o que realmente aconteceu, o que faz você ler o livro mais rápido.
O livro é narrado em 3ª pessoa, mas com dois protagonistas que tem seus pontos de vista retratados: o Cormoran e a Robin, intercaladamente.
Bom, da história é só isso que posso falar, pois se eu falar mais é provável que eu dê algum spoiler, e eu sei que vocês não querem isso.
Posso falar que o livro é muito bom, e que eu recomendo pra quem gosta do gênero policial.
Ah, e se você não gosta de palavrões em livros, esse livro não é a melhor pedida, pois Galbraith não poupa em usá-los.
Quero falar também que, no início, o livro pode ser lento, mas depois a narrativa melhora, e a história flui de uma maneira bem bacana.
Os personagens são bem construídos, você acaba se apegando muito a eles, o que é muito legal.
Quero ver mais da Robin no próximo livro da série, pois gostei muito dela e quero saber mais sobre a vida dela. O Strike é um dos detetives mais legais que eu já vi, ele é sarcástico, e não dá bola pra xingamentos contra ele. As entrevistas dele com os personagens são sensacionais, e com perguntas muito legais, que você nem pensaria em perguntar se você fosse o detetive.
PONTOS FORTES: Personagens cativantes, situações inusitadas e lugares bem descritos. Você realmente entra na história do livro.
PONTOS FRACOS: Narrativa, no início, lenta, mas depois isso melhora.
Oi Giovani!
ResponderExcluirBom eu tenho esse livro na minha estante porque sou muito fã de gênero policial, mas eu comecei a ler e empaquei no início, justamente pela narrativa lenta no início. Mas tenho muita vontade de recomeçar.
Parabéns pela resenha!
Continue, no início ele é bem lento porque a autora quer te apresentar aos personagens e ao universo que ela criou, mas depois que tu já tiver entendido tudo, o livro fica bem melhor =D
ExcluirValeu!